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Arts & Crafts | Art Noveaux

  • anacristinaschmidt
  • 15 de ago. de 2017
  • 2 min de leitura

No desejo de defender as obras artesanais, surge o Arts n’ Crafts. Na época da produção em massa, onde a individualidade parece esquecida perante tantos e tantos artigos iguais produzidos mecanicamente. Consequentemente a abundância de um fato torna a minoria valiosa, assim como a fartura em comida devido a disponibilidade promovida também pela industrialização torna o controle da gula uma qualidade a ser apreciada e desejada, nossos padrões de estética atuais acabam por refletir tais contextos. Nessa onda, durante a segunda parte do século XIX por volta de 1880, a sociedade encontra-se rodeada de produtos fúteis e arte de pouco sentido e acesso popular, logo a reafirmação da importância do artesanato encontra terreno para se manifestar e a expressão “artes e ofícios” cai no vocabulário dos críticos de arte ingleses derivado de idealizações do crítico John Ruskin e base teórica nos escritos de Augustus Pugin, um saudosista pelo período medieval. O protagonista do movimento é Wiliam Morris, este que inicialmente cria uma firma de decoração e manufatura de ideal anti-industrial e anti-aristocrata, onde os artesãos eram quem criavam e executavam.

Os produtos de decoração doméstica variavam entre mobiliário,

tapeçarias, vitrais, papéis de parede, forros e tecidos.

O movimento reuniu diversos profissionais da área de Design e Arquitetura, abrangendo trabalhos gráficos como a editoração, valorizando antigos métodos de diagramação e técnicas de impressão, ensino da arte, design de joias, produtos têxteis e etc. Propunha a união do artesão com o artista, o produto belo e funcional, promover arte ao alcance do povo e, basicamente, desqualificar o trabalho industrial. Possuindo características góticas e medievais, de consequência da predileção gótica da Era Vitoriana, o movimento objetivava elevar o status do artesão pela diferenciação objeto feito pela máquina para o homem, para o produto “do homem para o homem” ou melhor “do povo para o povo”, com a simplicidade e exclusão de ornamentos em excesso infelizmente acabou por fracassar no seu objetivo de promover a arte para as massas pois certos produtos artesanais acabavam por ser mais custosos que os industriais. Mas podemos observar atualmente os reflexos dos ideais desse movimento na valorização dos produtos orgânicos e artesanais no mercado e na importância que o design ganhou nas últimas décadas.

Deste movimento direciona-se ao Art Noveau, estilo internacional de denominação francesa“Arte Nova”, espalhando-se pela Europa. Situa-se numa evolução econômica social, o crescimento social da burguesia através da indústria, no desenvolvimento dos meios de transporte consequentemente gerando maior intercâmbio cultural e avanço da ciência na exploração do mundo animal e vegetal. Diferente do Arts and Crafts, não se trata de um conflito com a nova indústria, inicia-sebaseada na apropriação de novos materiais e novas formas de manipulá-los, graças à exploração gerada pela Revolução Industrial – ferro, vidro e cimento – no final do sec. XIX ao início do sec. XX e acabou por se tratar da integração da arte e a produção industrial, com maior aceitação do uso de maquinas. Houve grande inspiração das formas mais orgânicas baseados em plantas e animais assim como da cultura oriental, maior domínio da linha e destaque em projetos ornamentais somados a funcionalidade apreciadas na época.


 
 
 

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Somos acadêmicas do curso de design na Universidade Regional de Blumenau - FURB e falaremos sobre economia sociedade e cultura das origens do Design. 

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